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quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Poluição do rio Vizela arruina parque das Termas


Poluição do rio Vizela arruina parque das Termas

Município acolhe encontro de técnicos de espaços verdes, mas o pulmão da cidade não estará em análise Espaço é da Companhia de Banhos, mas Câmara é acusada de nada fazer.




Consta dos "locais a visitar" recomendados pela Câmara Municipal de Vizela no seu site na Internet, mas o Parque das Termas, situado no centro da cidade, já conheceu melhores dias. O parque, propriedade da Companhia dos Banhos, é o pulmão da cidade termal, mas "não está devidamente explorado", lamenta Adelino Gomes. Adepto de pesca desportiva, este vizelense recorda, de cana na mão, os tempos áureos do parque, em que "a água do rio era cristalina e tudo estava mais aprumado. Agora está muito estragado".

São inúmeras e distintas as espécies de vegetação existentes no parque termal, onde podem, ainda, ser observadas nascentes de água sulfurosa. O espaço contempla, ainda, um lago de grandes dimensões, onde se passeiam patos por detrás da vedação, um parque de merendas e um campo de ténis. O rio Vizela, mesmo ao lado, arruina a paisagem, correndo com uma tonalidade vermelha."Já ninguém liga, porque acontece todos os dia", acrescenta.

A limpeza é assegurada diariamente, confirmou o JN, mas a população não se contenta e lamenta a falta de investimentos. "Podiam entregar aquele edifício, onde já funcionou um bar, à exploração ou tratar melhor o lago", sugere Joaquim da Cunha.

Os turistas repetem os reparos, mas também sublinham a beleza do espaço. "Isto tem muito valor, mas nota-se que está pouco zelado. Têm caído algumas árvores ao lago, mas não têm o cuidado de as levantar", comenta Joaquim Salgueiro Maia, de 67 anos, aquista há 12 nas Termas de Vizela.

O problema, segundo Zacarias Rocha, presidente da comissão instaladora de "A Lontra", uma associação ambientalista ainda em fase de oficialização, exige "maior empenhamento da Câmara em matéria de ambiente", defendendo a criação de um gabinete municipal dedicado, exclusivamente, às questões ambientais.

Zacarias Rocha deposita esperança nos últimos investimentos anunciados pela empresa Águas do Ave para proceder à despoluição do rio, "mas a Autarquia tem que ser mais enérgica e colaborante", apela.

No que toca ao parque termal, aquele responsável acusa a Edilidade de lhe faltar "habilidade política e negocial para motivar as pessoas a ultrapassar esse diferendo privado, que mexe com um espaço de usufruto público". A Companhia dos Banhos e a autarquia já chegaram a tentar um acordo com vista à exploração daquele espaço verde, mas as negociações revelam-se inconclusivas.
fonte: IOL, Liliana Costa
Notícia enviada por Sérgio Castro, nº 19, turma 9º C

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